Marketing Pós-Venda na Incorporação Imobiliária
Enxergar
o marketing como uma peça
importantíssima para o sucesso de um empreendimento não é mais uma dificuldade
para a maior parte dos profissionais que atuam na incorporação imobiliária,
porém, ainda não ficou claro para o mercado que o marketing não se finaliza com a realização da venda, e que mais
difícil que conquistar um cliente é retê-lo e levá-lo da etapa de assimilação à
apologia da marca. (Leia mais sobre a jornada do cliente da assimilação à apologia
clicando aqui)
Com
a assinatura do contrato de venda e compra, inicia-se uma nova etapa do marketing do empreendimento imobiliário,
que é a de relacionamento pós-venda, e muitos dos incorporadores negligenciam
isso, desperdiçando um ativo precioso para o seu negócio, que é o seu próprio
cliente.
Não
é uma missão fácil para o incorporador cuidar de seus clientes por todo o ciclo
de um empreendimento, que tem início no lançamento (na maior parte das vezes),
passa pelo prazo de construção e, depois, estende-se pelo período de garantia
pós-entrega de obra, que é de cinco longos anos. Também há que se considerar no
desafio uma grande pitada de ansiedade do cliente por receber seu imóvel, o que
eleva demais sua expectativa para tudo.
Com
o mundo conectado através das redes sociais, cuidar bem de um cliente é de
extremo valor para uma empresa, pois cada um pode se transformar em advogado da
marca fazendo sua defesa ou recomendação de forma espontânea na internet, o que tem alto poder de
influência sobre as demais pessoas. Entretanto, tal influência pode ser positiva
ou negativa, e é isso que torna prioritário um bom marketing de relacionamento pós-venda para uma incorporadora, pois
o consumidor de hoje considera muito o que é publicado por amigos ou
influenciadores e valoriza as experiências que lhe são transmitidas.
Mas
como, efetivamente, o incorporador pode ter um bom relacionamento pós-venda com
seu cliente?
Tudo
faz diferença nessa hora, desde como é o processo de emissão de segunda via do
boleto ou quanto tempo uma solicitação por telefone ou e-mail demora para ser sanada, até a qualidade da obra entregue.
Também conta muito o quanto de informação ele recebe de forma espontânea, sem
que precise buscá-la. Por exemplo, avisar oficialmente aos clientes sobre o
início da obra, mantê-los informados sobre seu andamento e cronograma macro,
manter o site e as redes sociais
monitoradas e atualizadas, tudo isso permite que o cliente se sinta confortável
em relação ao investimento que fez.
Organizar
eventos de visitas à obra, palestras sobre temas relacionados à vida em
condomínio condizentes com o público em questão, orientar antecipadamente como
se faz a vistoria para recebimento de um imóvel e como será o trâmite para concessão
do financiamento bancário, também são itens relevantes para o cliente
imobiliário e transmite a ele uma sensação de confiança na empresa. (Leia mais
sobre relacionamento com o cliente na incorporação imobiliária clicando aqui)
Outro
fator que poucos incorporadores levam em consideração quando “economizam” no marketing de relacionamento pós-venda é o
quanto a empresa pode faturar com cada cliente. Estudar o Lifetime Value (LTV) do
cliente dá um panorama perfeito de quanto se pode melhorar e quais
oportunidades estão sendo desperdiçadas no relacionamento. Um novo comprador de
um apartamento para moradia pode ser o futuro comprador de uma sala comercial,
ou de um imóvel para investimento, ou o comprador de um apartamento para um
filho. E se ele gostou da aquisição que fez com sua empresa, ela será sempre
sua primeira alternativa depois.
Quem
vive o dia-a-dia de uma incorporadora imobiliária sabe que não é simples
realizar uma boa gestão pós-vendas dentro de uma empresa, e que quanto maior,
mais empreendimentos e mais clientes se tem, mais complexo fica o processo.
Existem diversas áreas que precisam “se conversar” para que o cliente receba
corretamente as informações que solicitou, ou mesmo para que a empresa lhe
transmita espontaneamente informações importantes. As equipes de construção,
incorporação, marketing,
relacionamento com o cliente, financeiro, enfim, todas, devem estar alinhadas
para que tudo que chegue até o cliente seja claro e verdadeiro. E para que isso
ocorra, há que se ter uma gestão eficiente e eficaz, processos internos bem
desenhados e as ferramentas e tecnologias adequadas. Em 2018, é impensável que existam
empresas de incorporação imobiliária atuando no relacionamento com o cliente sem
implementação de tecnologia, mas reforço tal afirmação pois sei da disparidade
do mercado imobiliário brasileiro e que, infelizmente, ainda existem incontáveis
empresas que não dispõem deste tipo de recurso, não por falta de verba, mas
sim, na maioria das vezes, por desconhecimento ou “conforto”, sem calcular o
quando está deixando de ganhar com isso.
Enfim,
mais uma vez deixo a mensagem de que o mercado de incorporação imobiliária deve
se atualizar e se conscientizar de que a venda de uma unidade é apenas o início
de um relacionamento (que precisa ser bem-sucedido) entre cliente e marca, e
atuar fortemente neste sentido, pois o consumidor de hoje não aceita mais
qualquer tipo de tratamento, além de estarmos todos conectados e qualquer
suposto “probleminha” entre marca e cliente ter a possibilidade de ganhar
proporções gigantescas e gerar prejuízos incalculáveis e irreversíveis a uma
empresa.
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