A união faz a força – é o que dita o mercado imobiliário brasileiro


A união faz a força – é o que dita o mercado imobiliário brasileiro



Vislumbrando a atual realidade de que o mercado imobiliário brasileiro encontra-se em franca expansão, levando em consideração o déficit habitacional que garante demanda anos a fio no país, se vê ocorrendo, com mais intensidade desde o ano de 2006, uma “corrida” das grandes incorporadoras e grupos investidores para adquirir outras empresas do segmento e, assim, aumentarem sua participação no mercado nacional.

As formas de sociedade e parcerias são bem diversificadas, mas sempre com o mesmo objetivo: o de fortalecer-se cada vez mais em um mercado que se mostra muito promissor.

Há exemplos de grupos que atuam nesse sentido com o modelo de negócio tipo joint venture, no qual se associam a empresas menores para atuar em projetos específicos e por um tempo determinado, mas sem que as empresas envolvidas percam sua identidade jurídica.

Esse tipo de associação nem sempre é vantajosa para as empresas menores, que após o final dos contratos ou, principalmente, no caso de alguma rescisão, correm o risco de ficar com custos remanescentes elevados devido ao aumento de trabalho durante a parceria, e que não permanecerá ao final desta. Também há o risco da possível necessidade de finalização de um projeto sem a parceria inicial, o que acarreta custos adicionais não previstos, comprometendo a estabilidade financeira, principalmente no caso de pequenas empresas.

Outra forma de união é o caso de grupos de private equity que se tornam efetivamente sócios de empresas médias ou pequenas (preferencialmente sem capital aberto), possibilitando, através da injeção de capital, uma atuação mais ofensiva destas no mercado. Nesse caso, a operação parece ser mais sadia para as empresas que são incorporadas ao grupo, desde que haja uma boa gestão dos recursos investidos, obviamente.

Finalizando os exemplos de negociações, observa-se grandes fusões entre empresas líderes de segmentos do mercado, formando gigantes corporações. Como exemplo disto, pode-se citar a Brookfield (resultado da fusão entre Company/Brascan/MB Engenharia) e, mais recentemente, a Agre (formada a partir da fusão de Agra/Abyara/Klabin Segall), dentre muitas outras que já aconteceram.

Tais transações só fazem por confirmar que o mercado imobiliário brasileiro é um ótimo investimento, e que as empresas almejam, a cada dia, permanecerem mais fortes neste setor da economia do país. Para tanto, elas procuram essas e outras tantas formas de negócio que possibilitem atingir esta meta, e, sem dúvidas, unir forças sempre foi uma forma inteligente de obter êxito.

Desde que não se concretize algum tipo de monopólio, o que é bem difícil que ocorra ao se perceber o tamanho do mercado, esse tipo de negociação é bem vinda, pois fortalece o segmento imobiliário. Também, o risco de as pequenas empresas perderem seu papel apresenta-se praticamente nulo, uma vez que a empresa que desempenha bem seu trabalho, sempre terá lugar garantido em seu nicho, claro que guardadas as devidas proporções do volume de projetos em andamento.

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