O ano de 2018
começou e, como sempre, paira a seguinte pergunta no ar: “o que devemos esperar
para o mercado imobiliário”? Entretanto, eu, prefiro outro tipo de indagação:
“o que o mercado imobiliário fará em 2018”?
Como sempre
defendo, após passados os turbulentos anos de 2015 e 2016, acho que estamos no
momento de “arregaçar as mangas e trabalhar”, chega de lamento e inércia. O ano
de 2017 já foi melhor para a maioria dos empresários, ou pelo menos para os que
tiveram uma postura realmente ativa, e acredito que 2018 será mais positivo
ainda.
A taxa básica de
juros (Selic) iniciou janeiro a 7%
a.a., e a tendência de baixa continua para o decorrer do ano. Bem verdade que
nada foi repassado pelos bancos para os tomadores de crédito imobiliário até o
momento, mas ouvi alguns gestores de instituições financeiras privadas que
garantiram que a política para concessão de crédito imobiliário em 2018 será
revista e ampliada e também haverá maior liberação de novos contratos para
financiamento à produção às empresas do setor.
A Caixa
Econômica Federal deixou claro que sua prioridade para este ano será assinar
mais contratos para o programa Minha Casa, Minha Vida, o que é bom, mas em
parte. O banco divulgou também que terá disponível apenas R$ 4 Bilhões para
crédito da linha pró-cotista, primeira acima do MCMV, isto é, para os
trabalhadores que tiverem como usar o FGTS na aquisição do imóvel. Em 2017, o
recurso disponibilizado foi da ordem de R$ 6 Bilhões e acabou em julho, ou
seja, acredita-se que estes R$ 4 Bilhões logo terão fim e o único meio de
financiamento imobiliário para qualquer outra categoria de imóvel, de médio a
alto padrão, será via bancos privados ou o Banco do Brasil, que não tem
tradição de agressividade neste segmento.
Quanto aos
distratos, não houve avanço, até aqui, no sentido de sua regulamentação legal,
mas seu percentual caiu de forma geral, segundo todos os dados que vi
divulgados. Credito tal fato não só a quantidade de unidades entregues em 2017
ter sido menor que no ano anterior, mas também a melhora visível da economia do
país e, consequente, aumento da confiança do consumidor. Tais fatores somados a
maior consciência do cliente na aquisição de imóveis e ao esforço dos
incorporadores oferecendo-lhes alternativas para que não optassem pela rescisão
contratual contribuíram para a melhora do cenário vivido.
As vendas
aumentaram e os estoques baixaram, os lançamentos que vi acontecer pelo país,
em grande parte, foram bem e obtiveram sucesso. Isso sinaliza que produtos
certos sempre têm espaço no mercado.
O ano de 2018
trouxe índices positivos para o consumo, o ICC – Índice de Confiança do
Consumidor saltou de 79,3 em janeiro/17 para 88,8 em janeiro/18, o ICCOM –
Índice de Confiança do Comércio aumentou mais ainda, saindo de 79,9 em
janeiro/17 para 95,1 em janeiro/2018 e a expectativa de geração de empregos no
comércio foi a maior desde novembro/2014, é o que informa a FGV – IBRE em seus
últimos relatórios.
As empresas do
setor imobiliário continuam ávidas por corretores e, tenho percebido uma
contínua busca por aprendizado e capacitação da parte destes profissionais, o
que é um sinal de que também confiam no trabalho como fruto para colheita de
bons resultados em nosso mercado.
Também está
mais intenso, a cada dia, a busca das incorporadoras por melhoria de seus
processos de vendas e estratégias de marketing,
com foco especialíssimo para o online,
obviamente.
As
“pranchetas” (fiz questão de colocar aspas, pois quase não encontramos mais este
saudoso objeto) dos escritórios de arquitetura voltaram a ter projetos novos em
desenvolvimento e tenho certeza de que 2018 será muito fértil em lançamentos e,
o melhor, de produtos com qualidade! Com isso, já vi acontecer uma pequena
recuperação da cadeia envolvida no ciclo imobiliário e posso afirmar que é
forte a tendência de que esta recuperação continue este ano ainda com mais
intensidade.
Diante
de tantas notícias boas e de tudo que tenho acompanhado de perto no mercado,
mais uma vez retomo o discurso de que, certamente, 2018 será bom para os
empresários e profissionais que estiverem dispostos a vencer os desafios que
ainda estão por aí e se lançarem para o jogo.
O ano é o mesmo
para todos, mas de uns escuto mensagens positivas de trabalho e, de outros,
desculpas como “é ano de Copa do Mundo e de Eleição”. Quais terão sucesso de
fato? Acho que a resposta é clara, por isso, o jeito é ser otimista e fazermos
nosso melhor a cada dia, com muito entusiasmo.


Comentários
Postar um comentário
Comente o que achou deste artigo e contribua para enriquecer nosso debate! Muito Obrigada!